domingo, 5 de janeiro de 2014

Fiz uma monografia sobre arte e sexualidade tive uma enorme dificuldade de encontrar textos de pesquisa sobre Robert Mapplerthorpe






 Robert Mapplerthorpe

Robert Michael Mapplethorpe[1] nasceu em quatro de novembro de mil novecentos de quarenta e seis, no Queens subúrbio Nova Iorque.  Harrey e Joan Mapplethorpe, seus pais, viviam em um conjunto habitacional chamado Floral Park, o bairro era bastante tranquilo, constituíram uma família formada de seis filhos sendo Robert o terceiro. Robert Mapplethorpe tinha sérios problemas de relacionamento com o pai, desde pequeno teve dificuldades de adaptação à educação de cunho extremamente moralista e religioso que os pais lhe impuseram.
Quando criança começou a produzir desenhos, que apesar de sua habilidade, tinha o hábito de produzir madonas, no entanto as imagens eram grosseiras. (Morrisroe[2]apud Silveira2011a[3]) nos relata esse processo de produção: “Não eram lindas madonas do gênero Botticelli (...), mas criaturas grotescas com perfis recortados. Suponho que fossem madonas, mas havia algo de perturbador no modo com que ele partia seus rostos”. Ainda na adolescência Mapplethorpe começou da descobrir os caminhos de sua orientação sexual tendo predileção por revistas tanto masculinas como femininas.
Em 1963 ingressou no Pratt Instituto no curso de arte, neste mesmo ano decidiu sair da casa de seus pais e alugar um apartamento. Seus trabalhos iniciais foram influenciados por Joseph Cornell e Marcel Duchamp. Foi no Instituto que Mapplethorpe iniciou o hábito de vestir peças estranhas e consumir drogas[4], dependência que o acompanharia por toda a sua vida.
Em 1970 adquiriu uma câmara Polaroid e a partir de então decidiu fotografar e incorporar novas imagens em suas fotografias, uma espécie de montagem. Em 1970 conheceu Patti Smith[1], o relacionamento durou dois anos. 

Após o fim do relacionamento com Patti, Robert Mapplethorpe assumiu sua homossexualidade e decidiu viajar para São Francisco libertando-se de todas as repressões, se entregando à liberdade sexual. Neste período entrou em contato com a cultura gay e o sadomasoquismo.

 Por toda a década de 1970, o artista trabalhou com fotografias e montagens, sem rigor técnico. Em 1972 conheceu Sam Wagstaff[5], com quem teve um relacionamento e que influenciou fortemente sua carreira.
A década de 1970 representa uma década de luta para reconhecimento de seu trabalho; Somente na década de 1980 seu trabalho passou a ser aceito, foi neste período que conheceu definitivamente a fama. Fez muitas exposições e teve suas obras expostas em vários catálogos e livros. Também nos anos oitenta conheceu as mazelas causadas pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, SIDA. Foi internado várias vezes e a doença influenciou seu trabalho. Após ser diagnosticado, passou a trabalhar uma temática erótica de tendência heterossexual.  Morreu em dezesseis de março de 1989, aos quarenta e dois anos, no auge da fama.
 As obras de Mapllethorpe causam a admiração de uns e repulsa de outros, ao ponto de serem caçadas pelo Senado Americano. Suas obras não retratam momentos mecânicos, elas proporcionam um realismo, tocam em questões não convencionais e são possíveis situações vivenciadas pelo artista. 



[[1] Fonte das informações: The Robert Mapplethorpe Foundation
[2] Patrícia Morrisroe: Uma das principais autoras bibliográficas de Robert Mapllethorpe.
[3] Juzelia de Morais Silveira: mestre em arte defendeu a tese: Robert Mapplethorpe diálogos e olhares sobre a sexualidade na arte contemporânea.
[4] Robert fez uso das mais variadas drogas maconha, cocaína, anfetaminas, LSD.
[5] Sam Wagstaff curador e colecionador de arte.